La Quiaca, O Extremo Norte da Argentina

Texto: Mônica Morás | @monicamoras Fotos: Eduardo Viero | @eduviero

La Quiaca é a cidade mais ao extremo norte da Argentina e faz fronteira com Villazón na Bolívia. Fica numa altitude de 3442m acima do nível do mar e por isso é importante fazer aclimatação antes de chegar lá, seja subindo de Salta e ou mesmo descendo da Bolívia. E leve folhas de coca!

Chegamos em La Quiaca de ônibus a partir de Salta, numa viagem de 6h pela companhia de ônibus Balut, parando em todas as cidades do caminho. Chegando lá, a visão não poderia ser mais desoladora, se considerada a importância que ela tem: uma cidade empoeirada, cuja única atração é o Mercado Municipal a céu aberto e uma pequena Praça bem estruturada com espaço para a prática de esportes. Basicamente La Quiaca não é uma cidade turística, apenas fronteiriça. 

As pessoas em geral não são muito receptivas, bastante desconfiadas até. Descobrimos pouco tempo antes que lá eles tem a crença de que a fotografia rouba a alma, então andar até mesmo com o celular na mão já era quase uma ofensa, imagina fotografar! Não muito diferente do que nos aconteceu em Villazón, a cidade da Bolívia no outro lado da fronteira. 

Fomos para La Quiaca a partir de Salta para completar o nosso mochilão na Argentina “Do Ushuaia a La Quiaca”, ou seja, do extremo sul da Argentina até o extremo norte (tipo o Oiapoque ao Chuí). Fizemos tudo em 30 dias de ônibus. Se você não sabe, Do Ushuaia a La Quiaca é uma das músicas da trilha sonora do filme O Diário da Motocicleta.  

Film: Motorcycle Diaries (Motosiklet Günlüğü) Soundtrack: Gustavo Santaolalla

PARA SABER SOBRE LA QUIACA

La Quiaca é um povoado muito frio a noite. Fomos no final de Outubro, com calor forte de dia e frio a noite. No nverno as temperaturas chegam -15ºC. Além disso, tudo fecha durante a ciesta (13h às 17h) e depois fecha definitivamente às 19h. Ou seja, comer fora desses horários ou até mesmo comprar uma água, é quase impossível. 

Mas nem tudo está perdido na hora da ciesta. O Refeitório do Mercado Municipal fica aberto com os comerciantes dispostos a vender um prato muito bem servido por poucos pesos. O aspecto do lugar é bem precário, mas o atendimento e a comida são fantásticos, com direito a sopa de entrada, bife feito na hora e um pratão de comida: salada farta, arroz, bife do tamanho do prato e batatas cozida, e tudo isso acompanho de suco de pêssego. Mas é costume deles comerem bastante mesmo (como na Bolívia), então é melhor nem pensar na questão limpeza e na quantidade de comida, mas sim pensar que uma viagem é feita de histórias para contar, e comer bem tranquilo.

Já sobre hospedagem, é complicado. Escolhemos o lugar mais barato, que ainda era caro para o nosso orçamento, o Copacabana Hostel. Muito bom, quartos privados, cobertores quentinhos, bem no centro da cidade. Outras opções de hospedagem no centro de La Quiaca são Munay La Quiaca e Refúgio del Sol Hosteria

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ATRAVESSANDO A FRONTEIRA

Para chegar na fronteira, era possível ir caminhando, apenas 15 minutos do centro de La Quiaca. Mas o Eduardo não estava muito bem com a altitude e acabamos pegando um taxi, que na verdade era um carro num estado bem precário. Chegando lá fizemos a foto na placa de La Quiaca, já que 15 dias antes ainda no mesmo mochilão, estávamos no Ushuaia, o extremo sul da Argentina (tipo Oiapoque ao Chuí).

Chegando lá, não tinha fila, o que é algo raríssimo, mas que pode acontecer durante a semana. Fomos no oficial da imigração, uma cabaninha, ele viu que estávamos sem nada, só com a câmera fotográfica, perguntou quando tempo íamos ficar e ao saber que era só para dar uma volta, nos liberou sem sequer olhar nossos passaportes ou pedir para preencher o arrival card (um formulário verde). 

PARA SEGUIR VIAGEM NA BOLÍVIA OU ARGENTINA

Villazón tem 1h de diferença para La Quiaca na Argentina, portanto muito cuidado quando for agendar passagens. 

ARGENTINA: Da fronteira, a rodoviária de La Quiaca fica a 15 minutos a pé, mas tem taxi bem baratinho. Ônibus descem até Jujuy, Salta e Buenos Aires. Pesquise as companhias Flechabus e Balut (que faz paradas na Quebrada de Humahuaca). Nós chegamos de Salta pela Balut numa viagem de 7h e saímos para Humahuaca também pela Balut numa viagem de 2h, ambos cruzando a Quebrada de Humahuaca e com passagens compradas na hora. 

BOLÍVIA: É possível ir de ônibus ou trem para Tupiza, Uyuni, La Paz e Oruru. A estação de trem fica a 30 minutos morro a cima da fronteira e é preciso pesquisar bem os horários, pois eles só saem 4 vezes por semana (segunda, quarta, quinta e sábado). Pesquise as companhias Expreso del Sur e Wara Wara del Sur. Já de ônibus é mais tranquilo, pois para Tupiza, por exemplo, tem ônibus de hora em hora. O único problema, é que existem dois terminais de ônibus. O velho fica a 10 minutos da fronteira a pé, e o novo, que faz viagens mais longas (com conexões para outros lugares), fica a 10 minutos de taxi. 

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La Quiaca, O Extremo Norte da Argentina

 

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Eduardo e Mônica

Somos Eduardo e Monica e estamos viajando o mundo desde 2014 e trabalhando com fotografia. O blog fala de viagem e fotografia e moramos no Sudeste Asiático, na Tailândia.

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