Mas no momento que assumi o risco e parei de pensar no que estava errado e comecei a pensar no que poderia dar certo, as coisas começaram a mudar. Novos caminhos foram aparecendo e os problemas foram se tornando menores.

Ainda no começo da viagem era desesperador ver o tempo passando e eu na frustrante expectativa de milagrosamente saber o que fazer da vida. Mas isso não me paralisou e já que eu não encontrei o meu caminho, eu criei um!

Eduardo e Mônica mudaram. Mudaram muito, mudaram a forma de pensar, de agir, de relacionar, mudaram fisicamente, mas a principal mudança está dentro deles e essa não tem como explicar.

Meu foco era me sentir bem com a minha imagem o tempo todo, mas sem carregar peso extra na mochila. Defini prioridades e tomei consciência que o brilho dos olhos e a beleza da paisagem chamam mais atenção do que qualquer unha descascada ou ponta dupla. 

Há 3 anos atrás saí da empresa onde trabalhava para encarar o mundo de uma forma diferente. No início parece que estamos sozinhos, mas logo percebemos que mundo está de braços abertos para nos receber.

Todo o dia é um novo recomeço, mas hoje tem um clima diferente, é Ano Novo. Eu li uma vez que o arco-íris só vem depois da tempestade, e segundo a lenda existe um pote de ouro no final dele. O pote de ouro é a volta por cima.

Pare de ter medo e aprenda a confiar no seu instinto. Existe um provérbio que diz: “Salte, e a rede aparecerá”. Se algo precisa ser feito para que você se sinta bem, então faça!

Eduardo e Mônica já somam 8 países, 32 cidades e muita história para contar nesses meses na Ásia. Eles só colecionam memórias boas, as ruins eles deixaram pelo caminho, porque eram pesadas demais para carregar.

Eu me habituei a olhar para tudo que eu tenho e agradecer imensamente por isso. Como o Peter Pan, eu me habituei a ter pensamento felizes para poder voar.

E sabe o que é mais legal nisso? Me sinto leve e despreocupado, é aquele momento de espírito que muitos procuram, um desprendimento das coisas que são excesso na nossa vida. 

Hoje completo 30 anos, um número bem pesado, mas que me fez acumular algumas experiências que considero importantes para ter me tornado quem eu sou hoje.  E eu sou muito grata por isso!

Sempre gostei de viajar, me sinto mais viva, mais aberta, mais curiosa fora da minha zona de conforto. Isso me estimula e me torna uma pessoa mais autêntica para mim mesma.

Em 2013 tivemos a sorte de estar em SP durante a exposição Gênesis do Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro reconhecido internacionalmente. Hoje tivemos a felicidade de assistir pessoalmente em Porto Alegre.