Macau: Roteiro de 1 Dia a partir de Hong Kong e Dicas Imperdíveis
Poucos lugares no mundo misturam calçada portuguesa, placas bilíngues em português e cantonês, e templos chineses com incenso como Macau. Essa antiga colônia portuguesa, devolvida à China em 1999, ainda preserva um charme único: ruas que parecem Lisboa, mas com letreiros de neon em mandarim e mercados cheios de comidas asiáticas.
Visitamos Macau em um bate e volta saindo de Hong Kong, atravessando o mar de ferry. Em pouco mais de uma hora já estávamos caminhando pelo Largo do Senado, cercados de prédios coloniais e padarias vendendo pastéis de nata, uma das experiências mais curiosas que tivemos na Ásia.
Resumo rápido
Onde fica: Região Administrativa Especial da China, 1 hora de ferry de Hong Kong.
Por que ir: Mistura única de cultura portuguesa e chinesa, cassinos luxuosos e centro histórico patrimônio da UNESCO.
Quanto tempo: Dá para visitar em 1 dia (bate e volta) ou ficar 2 dias para explorar com calma.
Destaques: Largo do Senado, Ruínas de São Paulo, Igreja de Santo Domingo, comida típica (pastel de nata e bifana) e cassinos icônicos.
Dica extra: Leve dólares de Hong Kong, eles são aceitos e você evita câmbio extra.
Como chegar a Macau saindo de Hong Kong
Ferry (TurboJET ou Cotai Water Jet)
Duração: ~1 hora
Preço médio: 150-200 HKD (cerca de 20-25 USD)
Onde sai: Hong Kong Macau Ferry Terminal (Sheung Wan)
Dica: Os ferries saem quase de hora em hora; não é preciso comprar com tanta antecedência fora de feriados. Pode comprar online ou no porto.
Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau
Duração: 40-50 min de ônibus
Vantagem: Vista panorâmica da maior ponte marítima do mundo.
Desvantagem: Exige duas imigrações (Hong Kong e Macau) e compra separada de bilhetes.
Nossa escolha: Fomos de ferry TurboJET e fizemos tudo a pé a partir do terminal. Caminhar 2 km até o Largo do Senado nos permitiu ver a transição entre os arranha-céus modernos e as ruas coloniais portuguesas.
Roteiro de 1 dia em Macau
1. Largo do Senado (Senado Square)
Coração histórico de Macau e Patrimônio Mundial da UNESCO. As calçadas onduladas em preto e branco lembram Lisboa, mas as placas em cantonês denunciam que estamos na Ásia.
Dica pessoal: Observe os prédios ao redor, como a Santa Casa da Misericórdia e o prédio dos Correios, estão impecavelmente preservados.
Curiosidade: Aqui as lojas vendem de souvenirs portugueses a bolachinhas de amêndoa típicas de Macau.
2. Igreja de Santo Domingo
A poucos passos do Largo do Senado, a fachada amarela vibrante parece saída de Lisboa.
Por dentro: Simples, mas charmosa. Hoje abriga concertos e faz parte do Festival Internacional de Música de Macau.
Por fora: Uma das fotos mais icônicas do centro histórico.
3. Ruínas de São Paulo
Principal cartão-postal de Macau. A fachada é tudo o que restou da igreja construída por artesãos locais e japoneses cristãos no século XVI.
O que observar:
Pomba no topo (Espírito Santo)
Mistura de símbolos orientais e cristãos (leões chineses, flores japonesas, anjos)
Museu: Atrás da fachada fica a cripta e o museu de arte sacra (vale a visita!).
Curiosidade: Os 68 degraus que levam até a fachada são disputados para fotos, vá cedo ou prepare-se para a multidão.
4. Forte do Monte
Ao lado das Ruínas de São Paulo, o Monte Fort oferece vista panorâmica para os cassinos e o centro histórico.
História: Construído há 400 anos para defesa dos jesuítas.
Hoje: Parte do Museu de Macau e Patrimônio Mundial da UNESCO.
5. Docas dos Pescadores (Fisherman’s Wharf)
Mais moderno e menos turístico, bom para caminhar se tiver tempo antes de pegar o ferry. Tem restaurantes e um pequeno anfiteatro.
6. Cassinos de Macau
Macau é conhecida como a “Las Vegas da Ásia”, mas a escala é ainda maior: aqui se movimenta mais dinheiro do que em Vegas!
Principais: The Venetian, Grand Lisboa e Galaxy.
Dica: Mesmo que você não jogue, vale entrar para ver a decoração luxuosa e os canais internos do Venetian.
O que comer em Macau
A gastronomia é um dos pontos altos da visita, mistura sabores portugueses e chineses.
Imperdíveis:
Pastel de nata: Prove na Lord Stow’s Bakery ou nas padarias do centro histórico. A massa é amanteigada e crocante; o recheio, mais doce que o português.
Pão de costeleta de porco (bifana): Sanduíche típico, vendido em barraquinhas e padarias.
Biscoitos de amêndoa: Folhados, derretem na boca — perfeitos para levar como lembrança.
Pratos macaenses: Galinha à portuguesa (frango ao curry com leite de coco) e bife com molho de café são clássicos locais.
Dicas práticas para visitar Macau
Moeda: Pataca (MOP), mas dólar de Hong Kong é aceito.
Transporte: Dá para fazer tudo a pé no centro histórico. Cassinos oferecem ônibus gratuitos entre si e para o terminal.
Idioma: Placas bilíngues em português e chinês; inglês é mais útil para turistas.
Melhor época: Outubro a dezembro (temperaturas amenas). Evite o verão, muito quente e úmido.
Tempo ideal: 1 dia para o essencial; 2 dias se quiser incluir Taipa e Coloane.
Vale a pena visitar Macau?
Se você ama história, arquitetura colonial e gastronomia, Macau é uma parada imperdível na Ásia. O contraste entre as ruínas católicas e os cassinos futuristas cria uma experiência única — e rende fotos inesquecíveis.
Para nós, foi uma das surpresas mais legais da região: caminhar por ruas portuguesas em plena China e terminar o dia comendo pastel de nata e observando os cassinos iluminarem a noite.
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Mônica Morás é autora do blog Eduardo & Mônica, onde publica roteiros completos e conteúdos de viagem baseados em mais de 70 países visitados, com foco no Sudeste Asiático e destinos fora da rota tradicional. Hoje, além de produzir vídeos, também oferece consultorias personalizadas para quem quer viajar com mais autonomia e segurança. Acompanhe também no Instagram: @monicamoras.
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