Tudo sobre Ulaanbaatar, A Capital da Mongólia

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Texto e Fotos: MONICA MORAS

Há muito tempo queríamos conhecer a Mongólia para ver os cavalos selvagens e conhecer as famílias nômades. A Transiberiana era a nossa melhor opção para chegar lá e foi isso que fizemos!

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NOSSA HISTÓRIA

Chegamos em Ulaanbaatar (ou Ulan Bator) vindos da Rússia e para nossa sorte, estávamos dividindo a cabine do trem com uma jornalista mongol que não falava uma palavra em inglês, mas com quem nos comunicamos o tempo todo através de gestos, fotos e desenho. Ela nos ajudou a preencher o arrival card com os dados do visto, jantamos juntos compartilhando o que que tínhamos e ela e seu marido nos deram carona até o hostel. Sentimos que chegamos com pé direito nesse lugar incrível.

Já no hostel, no centro da cidade começamos as pesquisas do que fazer, mas os tours oferecidos além de caros eram muito ruins. Foi então que conhecemos o Theo, um brasileiro que encontramos várias vezes na viagem depois e que já sabia de uma agência que fazia tours customizados nos convenceu e a um casal de italianos de irmos lá ver como funcionava. Foi a nossa melhor decisão!

Todos nós tínhamos interesse em fazer um tour onde pudéssemos parar na estrada para fotografar, ver os cavalos selvagens, viver com uma família nômade e visitar a antiga capital do país que hoje é uma lugar histórico.

Fechamos o pacote pela metade do valor que o hostel oferecia com a agência do holandês que deu a volta ao mundo de bicicleta, casou-se com uma mongole hoje têm a agência Tseren Tours que fica nos fundos do Café Amsterdam . Veja aqui sobre o agendamento do tour.

No dia seguinte partimos para a grande aventura na nossa van russa, um motorista animadíssimo que conhecia toda a região que iríamos visitar e uma guia muito querida que falava inglês e que foi uma mãe na viagem. Uma viagem que mudou toda a nossa perspectiva da vida e nos fez abrir os olhos para o que viria a seguir.

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ULAANBAATAR (OU ULAN BATOR)

Ulaanbaatar, ou Ulan Bator em português, é a capital da Mongólia e abriga metade da população do país. É uma cidade bem desenvolvida que vem crescendo rápido, com prédios modernos que se misturam com bairros completamente tomados por gers (tendas nômades) e uma cidade que sofre com a poluição do ar, devido ao uso de fogões a base de carvão e as montanhas que a cercam e não deixam o vento circular.

 

LOCOMOÇÃO

É uma cidade bem servida de ônibus, mas o taxi é praticamente inexistente. Basta fazer sinal que alguém vai parar e você negocia o valor. O aeroporto internacional tem voos diretos para as principais cidades que rodeiam o país, incluindo Pequim (para onde fomos) e é bem moderno, com uma linha direta para o centro da cidade.

A ferrovia Transiberiana passa por Ulaanbaatar, sendo a única parada que o trem faz na Mongólia. Dela vários ônibus e taxis servem a cidade inteira.

 

DINHEIRO E COMIDA

É melhor chegar na Mongólia com algum dinheiro trocado parar pagar ônibus, taxi, hostel, alimentação. Nenhum dos lugares que fomos aceitou o cartão travel money e o câmbio confiável só é feito no centro da cidade.

Nós gastamos para 2 pessoas em 1 semana 100 dólares (hostel, alimentação, deslocamento, etc) + 300 dólares (tour), sem passagem de trem na chegada, sem passagem de avião na saída.

O taxi geralmente sai 5000 Tugrik (2 dólares) e um khooshool, tipo um pastel de carne de carneiro custa 1300 T. O khooshool também tem na opção cozido no vapor, que chama-se booz.

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SEGURANÇA

Mas o problema mesmo é a segurança. Ouvimos diversos relatos sobre turistas roubados, quando chegam algumas pessoas pela frente, outros pelas costas e a única opção é entregar tudo que se tem. Foi em Ulaanbaatar, no centro da cidade que dois homens tentaram abrir minha mochila, mas como meu cabelo estava sobre o zíper, eu senti, o Eduardo prontamente virou para reagir e eles passaram como se nada tivesse acontecido enquanto os locais olhavam assustados a situação toda.

 

COMUNICAÇÃO

Poucas pessoas falam inglês, por isso confie apenas no hostel e saia sempre com o endereço e telefone de onde você está. O endereço na língua local e telefone, porque se alguém for te ajudar, eles vão ligar para o número que você der.

 

ONDE FICAR

Quanto mais próximo do centro da cidade, da Genghis Square, melhor. Nós ficamos em duas localizações diferentes, a primeira boa porque era próximo da agência do tour e a segunda boa porque era perto do centro, mas não recomendamos o nome de nenhuma delas, porque não gostamos e não nos sentimos seguros.

 

QUANDO IR

No verão, entre maio e agosto. Ulaanbaatar é a capital mais fria do mundo e no inverno ainda sofre com a poluição do ar. 

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O QUE VER EM ULAANBAATAR

1. GENGHIS SQUARE E PARLAMENTO: A Genghis Square fica no meio da cidade rodeada por teatros, prédios do governo e bancos. No meio da praça está a estátua de Sukhbaatar no seu cavalo, o herói que declarou independência da China e no Parlamento está a estátua de Genghis Khan e seus quatro soldados.

2. ZAISAN HILL: O memorial Zaisan Hill fica no sul da cidade onde está o memorial em honra aos soldados soviéticos que lutaram contra os invasores japoneses entre 1939 e 1945. Fica bem do lado da Bogd Khan Mountain de onde se tem uma vista impressionante da cidade. Lá também tem uma estátua dourada de Buda com 15m de altura.

3. NARANTUUL MARKET ou BLACK MARKET: É o maior mercado da Mongólia, onde são vendidos todos os tipos de produtos, de botões, cordas, movéis, sapatos e até “jóias”. Dizem as más línguas que até roubados, daí o nome sugestivo. Eu não duvido! É nesse mercado que os sacoleiros que vem da Rússia e China vendem seus produtos, é nesse mercado que as famílias nômades vendem seus produtos e compram tudo que precisam para suas casas. É um lugar para ter cuidado redobrado com os pertences, mochila na frente do corpo e não ir sozinho. O Black Market fica aberto de quarta a segunda das 9am até 7pm e é gratuito, apesar de algumas pessoas quererem cobrar dos turistas. O taxi até lá custa em média 5000 T e apesar de tudo, vale muito a pena.

4. MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA: O museu exibe toda a história da Mongólia desde os tempos pré-históricos, passando pelos séculos do Império Mongol até os dias de hoje. Além disso exibe todos os trajes dos mais diversos grupos étnicos do país.

5. MUSEU BOGD KHAAN PALACE: O complexo foi construído em 1893 dedicados ao Bogd Javzandamba, o líder da religião na Mongólia. O museu tem sete templos de verão e o palácio de inverno. Nele estão expostos artefatos políticos, religiosos e artísticos do século 17 até os dias atuais.

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Eduardo e Mônica

Somos Eduardo e Monica e estamos viajando o mundo desde 2014 e trabalhando com fotografia. O blog fala de viagem e fotografia e moramos no Sudeste Asiático, na Tailândia.

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